segunda-feira, 22 de junho de 2009

Sem espaço para a ética

Dentro da sociedade capitalista atual, marcada por concorrência e egoísmo, é praticamente impossível definirmos o que é a ética. Segundo o dicionário Aurélio, ética é o “conjunto de normas e princípios que norteiam a boa conduta do ser humano”, entretanto, algumas atitudes vistas atualmente ajudam a confirmar a tese de que a ética está praticamente extinta nas relações humanas.

No jornalismo, a extinção da ética é ainda mais preocupante e evidente. O jornalista, como alguém que trabalha diretamente para a sociedade e que, portanto, possui grande influência sobre a população, tem de se comprometer a um código ético que impõe que todo e qualquer profissional deve, por exemplo, defender os direitos humanos e garantir a liberdade de expressão.

Este código ético, entretanto, raramente é seguido à risca. Hoje é comum vermos notícias que não se preocupam com a verdade sendo exibidas, escândalos de famosos sendo tratados como os mais importantes quando na verdade não são, reportagens sensacionalistas que apenas desejam atrair mais público etc. A função que antes o jornalismo tinha de informar o público e garantir a verdade, então, foi completamente abandonada e, junto com ela, a ética também foi esquecida.

O jornalismo, enfim, foi capturado pelo capitalismo e tornou-se algo lucrativo para as emissoras, que passaram a controlar a mídia completamente. Hoje o que vemos não é mais liberdade de expressão ou transmissão de informações verdadeiras, mas apenas um negócio capitalista que visa o lucro. E dentro dessa mentalidade desejosa de lucro, a ética é tida como inútil e é completamente deixada de lado.

Carolina Lordello Marques

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