domingo, 21 de junho de 2009

O que está em risco

A grande busca do homem é a felicidade, que só é alcançada com a realização de atos racionais que visem o bem, segundo o filósofo Aristóteles. Adquirindo a virtude moral, através do hábito, o jornalista, de acordo com o código de ética dos jornalistas brasileiros, tem o compromisso de informar a população a respeito de fatos verídicos, realizando a prática do bem. É importante ressaltar que é preciso ter bom senso para adotar sempre o meio-termo quando se trata de virtudes.
Porém, a televisão, o rádio, os jornais e a internet divulgam fatos priorizando a rapidez e a agilidade em transmitir as notícias, consequentemente, nem sempre os jornalistas confirmam a confiabilidade das fontes colocando em risco a veracidade das informações.
O filósofo Kant afirma que a ética está centrada na noção de dever. O jornalista deveria atuar de acordo com os conceitos morais, que levam à razão pura, e partindo do “imperativo categórico”, para agir de acordo com uma lei universal, ou seja, dar prioridade aos outros do que a si mesmo, universalizar as suas vontades. Se ele seguisse o “imperativo categórico”, ele aprenderia a tratar a humanidade como um fim em si e não somente como um meio, visando o respeito aos cidadãos.
Jeremy Bentham desenvolveu a ideia do panoptikon, um projeto arquitetônico que serve como um instrumento de controle para fiscalizar os indivíduos. Esse tipo de instrumento, de acordo com uma ótica jornalística, fere a liberdade de expressão, tirando o direito de privacidade da população.
Mas a liberdade de expressão também é ferida quando os jornalistas se submetem ao suborno de autoridades, rompendo o código em busca do prazer. Portanto, pode-se concluir que ela está em perigo constante, assim como a veracidade das notícias e o próprio respeito aos leitores.

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