A ética e o jornalismo contemporâneo

No atual sistema em que vivemos, o capitalismo, todas as coisas passaram a ter um valor mercadológico, e a notícia não ficou fora disso. Nem sempre as emissoras de TV, rádios, jornais e revistas mostram o que é de real interesse do povo, e sim, o que é de real interesse lucrativo deles próprios. Infelizmente com a notícia como mercadoria, os princípios da conduta ética e profissional no jornalismo não são mais seguidos. É neste momento que entram as faculdades de jornalismo e as aulas de ética, que dão uma base aos alunos para levarem para sua vida profissional uma formação ética contrária ao jornalismo mercadológico.
O Código de Ética rege a conduta profissional do jornalista e dos veículos de comunicação. Entretanto, atualmente, cada vez mais percebemos o quanto este código de ética não é seguido pela grande mídia. Muitas vezes nos jornais nos deparamos com notícias tendenciosas, pejorativas, que visam beneficiar uma das partes ou mesmo mascarar a verdade dos fatos.
O afastamento da ética pelos meios de comunicação é decorrente de diversas questões, como, por exemplo, o grande monopólio das empresas de comunicação, as brigas constantes pelas notícias exclusivas e a guerra pela audiência. Quanto maiores os monopólios e as fusões dessas grandes empresas mundialmente, maior será perda da população em relação à qualidade das noticias que lerão.
Infelizmente, com essa nova lei da desregulamentação do diploma para jornalistas, a ética vai estar ainda menos presente nos jornais e revistas do país. Isso ocorrerá, pois, os jornalistas sem diploma do futuro não terão a base de uma formação moral e ética para fazerem suas matérias e escreverem seus textos. Baseando-se no art. 6º do Código de Ética, a conduta profissional do jornalista, o exercício da profissão do jornalista é uma atividade de natureza social e com finalidade pública, subordinada, portanto, ao Código de Ética. Porém, vemos que esse código é muito desrespeitado não só no Brasil, como no mundo.

Aline Aurili