Estamos inseridos num sistema no qual tudo tem seu valor mercadológico, inclusive a notícia. Esta, apesar de ter se tornado mercadoria, deve ser de qualidade e verdadeira, se enquadrando assim, dentro dos princípios éticos do jornalismo. Com o advento tecnológico, a possibilidade de todos informarem passou a ser concreta. O mercado da notícia passou a ser mais concorrido e saturado e os pilares do jornalismo (verdade dos fatos, ética, luta pela justiça, entre outros) foram abalados.
Devido ao panorama em que se encontra a atividade jornalística, esta passou a ser regida pela pressa da exclusividade das notícias, pelo sensacionalismo para conseguir audiência, por notícias tendenciosas que beneficiam alguma das partes, por desvios de interpretação em entrevistas e edições de textos. Além disso, a corrupção é uma realidade que, cada vez mais, atinge o jornalismo. Grupos políticos, econômicos ou sociais compram matérias para se favorecerem. Todas essas deturpações das informações têm por finalidade única, satisfazer os interesses dos meios de comunicação. Todos os exemplos citados demonstram o não cumprimento e uma conduta inadmissível dentro dos princípios do Código de Ética dos jornalistas.
A conduta de alguns profissionais envergonha-nos enquanto jornalistas em formação. O que diferencia o jornalismo da atualidade é o nível de competência e a qualidade dos profissionais, afinal, agora qualquer pessoa pode criar e expor informações que podem atingir o mundo todo através da rede. A nós, futuros jornalistas, resta-nos lutar pela conduta moral e legal da profissão.
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