segunda-feira, 22 de junho de 2009

Feira de Tragédias

Agregada a lições de boas maneiras e manuais de boa conduta, a palavra ética se faz presente em várias situações. Porém, o significado real do Código de Ética vem de uma série de preceitos que em conjunto definem o certo e o errado, de acordo com cada profissão.
No jornalismo, a ética diz respeito a calúnia, difamação ou qualquer outro tipo de falta de compromisso com a verdade, que exponha ou difame alguém, entre muitas outras coisas. Entretanto, dizendo respeitar tudo isso, muitos profissionais dessa área cometem erros gritantes.
Mesmo que implicitamente, uma grande parte dos jornalistas comete um total desrespeito à sociedade, abusando da proximidade com tragédias para aumentar a audiência de seus programas. Isabella Nardoni, Eloá, João Roberto e muitos outros são nomes tão familiares aos telespectadores, que já se fazem cansativos. Essas crianças tiveram não só suas mortes repetidas centenas de vezes por dia em cada casa de família brasileira, como também seus parentes expostos, com a dor e o sofrimento à flor da pele, colocados contra a parede justamente por aqueles que deveriam ser a solução de cada injustiça cometida.
Infelizmente, não são todos os jornalistas que hoje em dia se preocupam em realmente fazer se tornar verdade o direito de justiça, que usam seus veículos a favor do povo. A maioria, sensacionaliza todo e qualquer tipo de fato que possa dar audiência e gerar dinheiro e fama, de alguma forma. A ética é mandada embora junto com o senso humano de cada um. Os jornalistas se fazem comerciantes. O jornalismo se faz mercadoria.




Gabriela Doninho Rosa (noturno frequentando o Matutino)

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