terça-feira, 23 de junho de 2009

Ético "versus" correto

Um dos desafios mais complexos que o jornalista encontra em sua vida acadêmica e profissional é saber optar por aquilo que é ético. Nós, como seres humanos e futuros profissionais, estaremos em formação e transformação para o resto de nossas vidas; em meio a este caminho, que é “inacabado” por natureza, iremos nos deparar com inúmeras bifurcações que exigirão sabedoria e agilidade: escolher entre o correto ou o ético. Por mais estranho que seja, nem sempre os dois conceitos caminham de mãos dadas e, para surpresa de muitos, é possível ser ético e não ser correto e vice-versa. Tanto jornalistas experientes quanto os que ainda estão em potencial, devem sempre optar pelo caminho da ética, ainda que o correto se apresente de forma mais consistente em nossos pensamentos.
Essa dificuldade se deve ao fato de sermos habituados desde pequenos a colocar em prática valores transmitidos principalmente através de nossos pais, que podem muitas vezes negligenciar o princípio ético (aos olhos de Kant, por exemplo, tal ato só é ético se for feito com liberdade. Portanto, quando nos obrigavam a pedir desculpas, o livre arbítrio era deixado pra trás, dando lugar ao apropriado, descuidando de um dos princípios da ética kantiana). Entretanto, a partir do momento em que escolhemos ser jornalistas, independentemente dos motivos, assumimos um “termo de responsabilidade” para com a sociedade. Todo o jornalista que se preze, deve trazer à público a verdade mais plena e relevante. Para que isso se torne possível, às vezes será necessário “romper” com os valores com os quais fomos habituados a viver desde crianças; neste caso, deixaremos de lado um bem para praticar um bem maior, que seria estreitar os laços entre a sociedade e realidade universal.

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