segunda-feira, 22 de junho de 2009

No meio das cobras

Onde conseguir as informações? Essa é a pergunta chave para o jornalista. As fontes são a base da noticia, para que o texto possa ter credibilidade. Porém, a fonte é um ser humano, por isso, está sujeita a desvios de conduta. A questão principal é em quem se pode confiar. Dependendo do nível de importância do assunto, como política, casos policiais, o certo seria não confiar em ninguém. Para obter a informação certa é necessário apuração, ouvir todos os lados da história, sendo que, nesse processo, existem muitas armadilhas para o jornalista.
A imagem vale tudo nos dias de hoje, por isso, ninguém quer ter a sua prejudicada, processo que pode ocorrer através da imprensa. Por isso muitas supostas fontes podem tentar interferir na visão do repórter, com presentes, jantares e outras regalias mais. Franklin Martins em seu livro Jornalismo Político diz que o jornalista só pode receber o presente de alguma fonte caso este tenha condições financeiras para retribuir em mesmo valor. Se um político te der um vinho caro após uma matéria na qual você o exaltou, aceite, porém, envie um no mesmo valor para ele, caso não tenha condições de fazê-lo, devolva o presente.
Estamos todos sujeitos a sermos enganados. Nem por isso devemos deixar de ir atrás das informações, mesmo nos lugares com as cobras mais venenosas. Só pode ser ético e parcial aquele que se encontra nas situações em que deve escolher qual lado deve seguir, nas quais é tentado a desviar sua conduta, porém segue o lado correto. Não da pra ser ético sentado no sofá de casa. É justamente na escolha correta diante das situações difíceis que está a postura ética.
Por isso, o jornalista só pode ter um julgamento correto se apurar a historia ao máximo, ouvindo todos os lados, seja quem ele confia ou quem ele não deve confiar.

Eduardo Ribeiro

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