segunda-feira, 22 de junho de 2009

Jornalismo ganancioso

Segundo o Código de Ética: “O jornalista não pode expor pessoas ameaçadas, exploradas ou sob risco de vida, sendo vedada a sua identificação, mesmo que parcial, pela voz, traços físicos, indicação de locais de trabalho ou residência, ou quaisquer outros sinais.”; porém não é isso que vem acontecendo ultimamente com a mídia brasileira. As grandes empresas midiáticas só estão preocupadas com o lucro e fazem de tudo para obtê-lo sem pensar se estão ou não prejudicando alguém.

Um exemplo recente disso é o caso Eloá, no qual o ex namorado seqüestrou uma jovem e os jornalistas fizeram plantão em frente a casa dela com a desculpa de que queriam informar toda a população sobre o que estava acontecendo, quando na verdade a intenção era aumentar a audiência de seus programas. Devido toda essa exposição o ex namorado se sentiu pressionado e, sem saber o que fazer, manteve a vítima dias em cativeiro até a matar. Se os jornalistas tivessem seguido o Código de Ética e não espetacularizado a notícia, provavelmente, esse seqüestro teria durado menos tempo e a adolescente estaria viva.

Essa transformação da notícia em espetáculo está se tornando cada vez mais freqüente, a grande mídia precisa vender jornais e para isso deixa de lado o compromisso com a verdade, com a defesa dos direitos humanos e com a ética; expõe suas fontes e vítimas de barbaridades somente para aumentar sua renda. Sendo assim, o jornalista está deixando de servir a sociedade e passando a prejudicá-la devido ao seu egoísmo que visa apenas o benefício próprio.


Isabel Raia

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